Capítulo #143. A Verdade Sobre Os Falcões - Saga Next Future

Capítulo #143. A Verdade Sobre Os Falcões

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                No hospital, o Gabriel fica surpreso ao ouvir a voz de seu mestre.
Gabriel: -- Mestre Carlos! O senhor havia me dito que eu era o único sobrevivente daquele massacre! Mas, hoje eu encontrei uma das sobreviventes! Por que você mentiu?
>> José: Eu não menti! Nós realmente acreditamos que só você havia sobrevivido daquela chacina.
                O Gabriel só se lembra dos dias antecedentes ao massacre.
Gabriel: -- Pior que eu não estava lá no momento!
Velasques: -- E o que você estava fazendo?
Gabriel: -- Eu fui capturar a cabeça de um senador corrupto em Brasília.
                O Velasques e o Leilson ficam surpresos.
Velasques: -- Você o quê?!
Leilson: -- Ah, para! General José, como você pode escolher um perigoso desse para ser um soldado do seu Esquadrão Alpha?

                Pelo telefone, o José se explica.
>> José: Foi porque ele foi ousado o suficiente para preencher os requisitos mínimos necessários para a sua entrada!

                Intrigado, o Leilson indaga ao Gabriel.
Leilson: -- E o que você fez, soldado?
Gabriel: -- Dias antes, eu havia acabado de cumprir a ordem que havia sido designado para mim do líder dos Falcões Brancos, para que eu eliminasse um corrupto senador que usava os recursos público em seu benefício próprio, em vez para o povo que o elegeram. Mas, o que eu havia encontrando no meu retorno ao meu acampamento foi pilhas e mais pilhas de corpos dos meus amigos mortos.
                Os olhos de Gabriel se encham de lagrimas.
Gabriel: -- Eu não pude acreditar que até a minha família, que os meus amigos... foram todos mortos! Ver o meu amor lá, era de cortar o meu coração! Era o fim do mundo para mim! Antes de minha partida, ela havia me contado feliz que estava gravida de mim. Era o meu primeiro filho! Nem deu tempo para vê-lo vivo! A única reação que eu tive era de morrer! Procurei te todas as formas acabar com a minha vida. No meio desse meu desespero, acabei obtendo esse maldito poder!
                Depois de se auto aplicado uma vacina experimental, algo de errado lhe acontece. Um forte efeito colateral lhe tortura. Seus olhos sangram, chagas se abrem pelo seu corpo, uma agonia extrema o faz desmaiar. Horas mais tarde, ele acorda em uma enorme poça de sangue. Ao se levantar apoiando-se numa mesa, acaba se esbarrando em uma pistola 9mm que ao tocá-la desaparece incompreensivelmente.[1]

>> José: O Gabriel acabou contraindo uma habilidade rara da nanotecnologia desenvolvida pela Dedamcorp. Esse poder absorve metais e as transforma em armas. A partir daí ele ficou conhecido como o Homem Bélico pelo mundo.

                O Gabriel prossegue contando a sua história.
Gabriel: -- Após eu ter conseguindo obter esse poder, um homem veio até mim e me revelou que o culpado era o presidente.

                O José revela aos soldados.
>> José: Esse homem que o Gabriel havia encontrado, era nada menos que o Kardec Beatto.

                O Leilson até se espanta.
Leilson: -- O Kardec?
               
                O José admite.
>> José: Ele mesmo! Foi assim que o Kardec conseguiu um peão para engatilhar a temível Terceira Guerra Mundial em nosso solo brasileiro.

                Os soldados ficam surpresos.
Leilson / Velasques / Cleser: !

                O Gabriel se relembra.
Gabriel: -- Tudo que eu pensava era só vingança! Vingar pela minha família! Pelos meus amigos!

                O José revela.
>> José: Usufruindo-se da habilidade de Gabriel, o Kardec o colocou para viajar para o Estados Unidos disfarçando-o como parte da equipe de segurança presidencial. Quando conseguiu ficar sozinho com o presidente, o Gabriel o matou. Logo após esse episódio, um intenso mal-estar em nosso pais culminou em uma guerra declarada. Para a nossa sorte, os Estados Unidos tiveram que priorizar as calamidades sofridas em seu território, utilizando toda a sua força militar, dando-nos pouquíssimo tempo de trégua. Nesse intervém, correndo contra o tempo, um dos nossos excelentes soldados que havia testemunhado todos os acontecimentos, fez o impossível para evitar que a guerra de fato eclodisse em nosso país.

O Leilson se recorda do herói.
Leilson: -- Você está se referindo do Arcanjo Salim? Foi ele que nos salvou?

                O José confirma.
>> José: Foi ele mesmo. Ele foi o único que conseguiu, mesmo sacrificando com a sua própria vida, selar o Kardec numa era prisional errante para que ficasse por lá eternamente.

O Leilson enaltece o herói.
Leilson: -- Os seus atos heroicos são como uma lenda para mim!

                O José confessa.
>> José: Ele foi o único que insistiu que nós trouxéssemos de volta o Gabriel extraditado dos Estados Unidos.

Cleser: -- O que lhe é mais importante para sua vida?
                Ao perceber o sotaque de Cleser, o Gabriel fica surpreso.
Gabriel: -- Você é brasileiro?!
Cleser: -- Somente me responda! O que lhe é mais importante para a sua vida? Receber ordens para viver ou viver em liberdade?![2]

                O Gabriel admite.
Gabriel: -- Parece que ele foi o único que me compreendeu!

                O José conta.
>> José: De fato, ele realmente acreditou e nos fez acreditar que você havia sido forçado a se tornar um dos peões de Kardec e queria ver a sua coragem sendo avaliada com a sua participação na Operação Êxodo.

Gabriel: -- E vocês conseguiram descobrir quem foi que acabaram com os meus amigos, com a minha família?
                O silencio perpetua. Os colegas de Gabriel se abalam ao verem ele inconformado por ainda não ouvir uma resposta.
Cleser / Velasques: ...

                O mestre de Gabriel tenta acalmá-lo.
>> José: Calma, meu amigo! A justiça ainda será feita! Confie em nós!

                Mas, o soldado está inconformado pela demora.
Gabriel: -- Mas, já se passaram anos e não obtive nada, nenhuma resposta, nenhuma pista de quem fizeram aquilo!

                O Cleser lembra-o e tenta animar os ânimos dele.
Cleser: -- Mas, conseguimos uma pista! Na verdade, você conseguiu uma!
Velasques: -- É mesmo! Aquela mulher, você não havia reconhecido ela?

                O Gabriel se lembra rapidamente.
Gabriel: -- É mas... eu a pedir!

                O Leilson adverte-o.
Leilson: -- Está muito enganado, soldado! Diante dos nossos sistemas, não a perdemos de vista.
Gabriel: -- Mas, como vamos encontrá-la?
Velasques: -- Eu e o Cleser repassamos as nossas visões para autenticação e identificamos as pessoas que lutaram contra você.
Cleser: -- Eles foram identificados como Catarina Kauan e Yegor Piatã.

                Ao ouvir um dos sobrenomes, o José indaga-os.
>> José: Piatã? Vocês checaram a lista dos membros de facções?

                Prontamente, o Cleser olha os dados do seu smartphone e lê para o seu mestre.
Cleser: -- Sim, mestre! Só o Yegor Piatã é da facção Gael daqui da capital.

Leilson: -- Gael?
Gabriel: -- Eu também nunca ouvi falar deles!
                O José conhece-os e explica.
>> José: A Gael é uma facção antitecnológica que radicaliza o não uso de tecnologia como uma religião. Eles creem que a tecnologia é perigosa e que atrai as pessoas para prevaricar. E utiliza esse artificio para lubridiar, atraindo seguidores para trabalharem em condições análogas à escravidão.

O Velasques fica indignado.
Velasques: -- Como pode existir pessoas assim?

                O José relata.
 >> José: Várias denúncias foram reportadas à Dedamcorp para averiguar, mas com as dificuldades que nos atingiram, tanto como a minha equipe e a de vocês, o baixo efetivo atrapalhou em muito o progresso da investigação dessa estranha facção.

                O Leilson confirma.
Leilson: -- É verdade, José! De fato, ainda temos colegas ainda enfermo, pois não conseguimos fazer com que eles se recuperem do envenenamento de Kardec. Só estamos aguardando o retorno de um dos nossos colegas para realizar uma missão que pode salvá-los. Mas, vocês três podem realizar essa missão com a minha autorização!
                 
                O José avisa-os.
 >> José: Estarei mobilizando como reforço um dos meus agentes que está disponível no momento para ajuda-los. Ele deve estar chegando pela manhã ai na cidade!

                Com uma expressão feliz em seu rosto, o Gabriel avisa aos seus colegas.
Gabriel: -- Está bem! Nós partiremos assim que ele chegar e vamos investigar essa facção!


No dia seguinte...
Praça das Três Caixas D'Água
– Porto Velho.
                Observando o Sol nascer no horizonte do alto de um prédio, o Daniel percebe a presença de uma pessoa conhecida sua.
Daniel: "Hmmm! Então você veio?"

                Ele resolve surgir inesperadamente diante dela.
Daniel: -- Achou que você nunca iria passar despercebido de mim?
                Essa pessoa é o Wendell, um dos integrantes da facção W.
Wendell: -- Oh! Ah, quanto tempo, irmãozinho? E o que era precisa para trazê-lo até nós?
                O Wendell ironiza ao indaga-lo.
Wendell: -- Vai querer ser rude que nem o Eric?

                Meses antes, o soldado Eric da classe Deva havia encontrado o Wendell neste mesmo lugar. Só que o encontro foi muito tenso, tendo intensas trocas de acusações que quase culminou em uma violenta luta.[3]

                O Daniel tenta ser amigável.
Daniel: -- Não, não! Eu só vi te agradecer!
Wendell: -- Me agradecer, pelo quê?
Daniel: -- Foi você que salvou o Asura da Era Prisional, não é mesmo?
Wendell: -- Eu?
                O Wendell sorri.
Wendell: -- Infelizmente, não fui eu!
Daniel: -- Então, quem foi?
Wendell: -- Eu só posso lhe garantir que era um dos poucos aliados que temos.
Daniel: -- Como assim aliado?
Wendell: -- Desde que você foi embora, nós tivemos vários candidatos para ocupar a sua vaga. Mas, ninguém... nenhum deles sequer conseguiu fazer o básico: sobreviver. Mas, a nossa nova aliada conseguiu essa proeza e foi a escolhida para ficar conosco.
Daniel: -- Ah, é? Entendo! Então, por que vocês não se aliam a Dedamcorp?
Wendell: -- Para quê? Para perder tempo?
Daniel: -- Eu deixei o melhor soldado como o seu informante! E estou tentando dar o máximo de mim dando todo os privilégios que eu posso realizar favorecendo você e o seu grupo!
Wendell: -- "Você e seu grupo"? Ah, corta essa! É assim que você se refere à nós, os seus irmãos adotivos? Eu jurava que você pensava mais em nossa família, mas percebo que eu me enganei. A Mitiê não nos serve como um informante. Tem que ser você! Você tem que retornar para a nossa família!
Daniel: -- Eu não posso! Eu ainda tenho uma missão à cumprir!
Wendell: -- Missão, missão, e só missão! Cadê o amor por nós? Pela sua família?
Daniel: -- Se é para continuar com o meu disfarce, eu tenho que continuar lá dentro!
Wendell: -- Ah, primeiro a missão depois a família! Hm! Você está querendo cortar a relação conosco? Não adianta nos esconder! Me fale a verdade! "Eu te mato" já é o suficiente para eu poder acabar com você aqui e agora! Vamos lá, Daniel! Não fique em cima do muro!
Daniel: -- Ainda estou no lado de vocês! Só preciso de mais tempo!
Wendell: -- Hm.... É mesmo? Nós sabemos que você foi substituído após a sua prisão por aquele seu irmão gêmeo... Como é nome dele mesmo? Ah, é! Eu tinha me esquecido! Ele se chama Oliver, não é? Como ele tem passado?
Daniel: !
                O Daniel fica surpreso sendo percebido por ele pela sua cara de espanto.
Wendell: -- É! Nós descobrimos da sua brincadeira de usar a sua falsa morte como cenário de troca entre vocês dois para que ninguém perceba! Mas, nós realmente descobrimos! O que me intriga uma coisa! Onde é que você esteve todo esse tempo? Hein, maninho?
Daniel: -- Eu não posso falar!
Wendell: -- Ah, não pode falar? Está percebendo? Você vai continuar nos desobedecendo?
Daniel: -- Não. Não me interprete mal! Eu não estou fazendo isso! E nem quero mal de vocês!
                Observando-o, o Wendell percebe a mudança na expressão do rosto dele.
Wendell: -- Hmm! Você vai continuar mesmo na Dedamcorp?
Daniel: -- Vou! E se você ou um dos nossos irmãos atrapalharem o meu plano, e se mexerem com o Oliver... Vocês podem se preparar, que eu não terei piedade em acabar com todos vocês!
Wendell: -- Oh!!! Ai, que "meda"! Eu estou gostando de ver, maninho! Mas, eu só posso lhe garantir que vou avisá-los disso e que lavarei as minhas mãos se algo acontecer com você e desse tal Oliver!
                Caminhando em direção à rua, o Wendell adverte-o.
Wendell: -- Ah! Vê se você tenha cuidado ao ficar muito com as suas costas aquecidas nessa Dedamcorp! Algum dia você vai acabar passando do ponto, e vai se queimar muito, mais que uma pedra de carvão, se agir desse jeito tolo de nos intimidar!
Daniel: -- Eu não estou nem ai! Eu ainda tenho meus trunfos para me defender!
Wendell: -- Só com a Magia de Razia? Se fosse tirar todo mal existente nessa Dedamcorp, você não teria folego para continuar em pé e pode acabar facilmente à sete palmos debaixo da terra!
                O Wendell desaparece diante dos olhos de Daniel.
Wendell: -- Fique atento, Daniel! Ainda estamos de olho em você e nessa Dedamcorp!

                Frustrado, o Daniel reage nervoso.
Daniel: "Wendell..."

                Após a explosão do vilarejo das Amazonas, o Daniel foi resgatado aparentemente morto pelo Eric e mostrado aos seus discípulos que ficam abalados.
                Mais tarde, durante as preparações fúnebres de seu velório, o Saldanha e a Evanice encontram-no ainda dentro do seu caixão.
Saldanha: -- Vamos rápido!
Evanice: -- Sim! Aqui está sphaera Resurrection[4]!
                Com o poder da sphaera, o Daniel é despertado.
Daniel: -- Argh! Puf! Puf! Onde estou?
Saldanha: -- No seu próprio velório!
Daniel: -- Quê?! Eu morri?
Saldanha: -- Para os seus amigos, sim! Mas, para a facção W, vai ser muito difícil para eles engolirem essa história facilmente! Vamos embora daqui! E rápido!
Daniel: -- Está bem!

Daniel: "Deu tanto trabalho e mesmo assim, parece que eles perceberam a troca! "
                Quando chegam no complexo Pakaas, o Daniel reencontra o Oliver deitado na cama sob o efeito dos poderes de Evanice.
Daniel: -- O que vocês fizeram com o meu irmão?
Evanice: -- Recebemos ordens de prepara-lo para próxima fase da operação Êxodo!
Daniel: -- Como é essa próxima fase?
Saldanha: -- Ele vai se infiltrar na facção de Galeso Beatto.
Daniel: -- A de Galeso? Ele nunca enfrentou uma facção sozinho!
Saldanha: -- Não se preocupe! Ainda o protegeremos com o máximo de proteção!

Daniel: "E mesmo assim, ele se descontrolou! Onde estará você, Oliver? "
















Praça de São Sebastião
- Manaus
                Andando na praça, trajando-se como uma pessoa citadino para não levantar suspeita, o Oliver acompanha o Diemisson à encontrar outra urna escondida.
Diemisson: -- Estou sentido! Ela está perto!
Oliver: -- Hmm!  Então traga-me para mim!
Diemisson: -- Está bem!
                A energia dourada de Diemisson serpenteia todo o seu próprio corpo.
Diemisson: -- Armadura dourada, venha até mim!
                E assim, eis que se revela diante deles a urna dourada que contem a armadura de ouro de Libra.
Oliver: -- Meus parabéns, Diemisson! Mas, eu percebo que estava fácil demais para encontrá-la!
                Atrás deles, está o Alberto, um dos membros da facção W.
Alberto: -- Não acha que está muito longe do seu território?
Oliver: -- Há! Há! Há!
                Atento, o Diemisson se põe em guarda diante de Oliver, querendo comprar briga com o intrometido.
Diemisson: -- Posso acabar com ele?
Oliver: -- É todo seu! Vai e me divirta acabando com ele!
                Num piscar de olhos, o Diemisson avança...








 


[1] Cap. 73 – Lutando Contra Suas Próprias Fraquezas
[2] Cap. 73 – Lutando Contra Suas Próprias Fraquezas
[3] Cap. 93 – Lapsos do Passado
[4] Ressureição, em latim.

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